Entenda as diferenças entre plantio direto e convencional
Entenda as diferenças entre plantio direto e convencional

Entenda as diferenças entre plantio direto e convencional

Para saber como diferenciar plantio direto e convencional, é necessário, primeiro, compreender os dois métodos separadamente. 

O plantio direto é uma técnica agrícola que envolve a semeadura sem lavrar o solo. Dentre os seus inúmeros benefícios, essa técnica ajuda a preservar a estrutura natural do solo, o que aumenta a sua fertilidade ao mesmo tempo em que reduz a erosão.

Por isso, dizemos que o plantio direto é um tipo de plantio que revolve o solo minimamente, já que consiste na utilização de ferramentas especializadas para fazer sulcos no terreno de cultivo para o plantio das sementes.

Pelas incontáveis e fundamentais vantagens do plantio direto, podemos dizer que, sob o ponto de vista da conservação do solo, essa técnica detém mais vantagens e representa um menor risco quando comparada ao cultivo tradicional.

Acompanhe esse artigo até o final para entender na prática as diferenças entre o plantio direto e convencional e veja como você pode melhorar a qualidade do seu trabalho, o seu lucro e também o meio ambiente.

Plantio direto e convencional: conheça as diferenças

Antes de decidir qual método usar, é importante considerar que existem diferenças marcantes plantio direto e convencional. Conhecê-las em profundidade é essencial para quem deseja trabalhar nesta área. 

Dentre os fatores de distinção dessas técnicas, podemos destacar a forma em que o revolvimento da terra é realizado. No plantio convencional, o solo fica exposto até o estabelecimento da cultura que será plantada.

Embora essa já seja uma diferença muito significativa entre os dois sistemas de plantio, ao analisarmos as etapas de ambos os modelos, percebemos que essas distinções vão muito além.

 Confira:

1) Etapas do plantio direto

Podemos dizer que o plantio direto se divide em 7 etapas importantes:

  • Etapa 1: antes da implementação do sistema de plantio direto, é necessário remover todas as camadas do solo que estão compactadas;
  • Etapa 2: em seguida, é preciso fazer as correções químicas devidas, levando em consideração as necessidades do solo para que ele esteja o mais profundamente incorporado, utilizando corretivos e fertilizantes; 
  • Etapa 3: aqui, é fundamental fazer o controle específico do crescimento de plantas daninhas. Somente após essa etapa é que o plantio direto deve ser realizado;
  • Etapa 4: nesse momento, o solo deve ser coberto por meio de uma cultura de cobertura. As mais comuns são a aveia, o trigo e o centeio.
  • Etapa 5: essa é a fase da dessecação. Alguns dias antes do plantio da cultura principal, a cultura de cobertura é dessecada com um herbicida para facilitar o plantio.
  • Etapa 6: a cultura principal é semeada diretamente no solo, sem ará-lo. Isso pode ser feito com um plantador ou uma semeadora.
  • Etapa 7: após a semeadura, é importante realizar o manejo da cultura, com a aplicação de adubos e defensivos agrícolas, bem como fazendo o controle de ervas daninhas e pragas.
  • Etapa 8: por fim, após o seu crescimento a cultura principal é colhida e os restos são deixados no solo, reiniciando o ciclo do plantio direto.

Logo, podemos perceber que o plantio direto representa um sistema que dispensa etapas de preparo convencional de gradagem e aração do solo.

Outro ponto importante a ser mencionado é que nesse método o solo sempre estará protegido e nutrido a partir dos restos vegetais de culturas anteriores.

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2) Etapas do plantio convencional

Já o plantio convencional se divide em 4 etapas específicas. Veja:

  • Etapa 1: o solo passa pelo seu preparo primário, onde grades aradoras pesadas podem ser usadas para a preparação do terreno, no intuito de receber corretivos e fertilizantes. Além disso, é feita a remoção das plantas daninhas e a descompactação da camada mais superficial do solo;
  • Etapa 2: após essa primeira fase, o solo deve passar por um processo de nivelamento e destorroamento da parte arada, desenvolvido pela gradagem;
  • Etapa 3: esta é a etapa da semeadura, realizada manualmente ou através de semeadeiras, sendo que a operação de adubação pode ser feita de modo simultâneo;
  • Etapa 4: finalmente, após a etapa do plantio, as culturas são devidamente tratadas para a conclusão do ciclo.

Desvantagens do plantio convencional

Podemos dizer que o preparo do solo no plantio convencional é feito para o revolvimento do solo em camadas superficiais.

O objetivo desse método é reduzir a compactação, além de incorporar corretivos e fertilizantes e aumentar a porosidade do solo.

Entretanto, tais ações podem dispersar argilas, que têm como função atrair e disponibilizar nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

Dessa forma, as partículas do solo podem ser levadas pelo vento e pelas chuvas, deixando o solo exposto aos agentes erosivos.

Leia também: Verdade ou mito: plantação de eucalipto prejudica o solo?

É com você!

Percebeu a importância e as diferenças do plantio direto e convencional?

Agora é hora de colocá-los na balança e ver qual sistema é mais indicado para o que você procura. 

Mas antes, lembre-se: o sistema de plantio direto é um dos grandes destaques para os agricultores, principalmente no que diz respeito aos seus benefícios a longo prazo.

Se tiver qualquer dúvida sobre o assunto, compartilhe conosco nos comentários. Teremos o maior prazer em lhe responder!

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Autor

Iago Melo

Engenheiro Florestal, com mestrado em Solos e Qualidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Iago possui experiência nas áreas de ciência do solo e manejo florestal, atuando há 10 anos com Pesquisa e Desenvolvimento Florestal. Integra o time da Bracell na Bahia desde 2018 e atualmente ocupa o cargo de Pesquisador de manejo do solo, sendo responsável por todas as recomendações técnicas para mapeamento, classificação, conservação e preparo do solo.




Autor

José Luiz Gava

Engenheiro Florestal, com mestrado em Manejo de Florestas de Produção, pela Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, Gava possui mais de 28 anos de experiência na área de nutrição e manejo da fertilidade do solo, atuando com recomendações técnicas para o manejo de florestas plantadas de eucalipto destinadas à produção de celulose e papel. Integra o time da Bracell desde 2017 como Especialista em Pesquisa e Desenvolvimento, sendo responsável por projetos de P&D relacionados ao mapeamento e ao manejo de solos, à definição dos ambientes de produção e ao desenvolvimento de tecnologias de manejo.

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Comentários

Olá Luiz, tudo bem?
Muito obrigada por sua presença aqui.

Caso você esteja querendo saber sobre uma possível evolução de um cultivo mínimo para um plantio direto, a resposta é “proporcionalidade”. No plantio direto, é feito um sulco onde são colocadas as sementes. Falando especificamente sobre o eucalipto, é feito o mesmo sulco, porém em dimensões maiores, em função das características da cultura. Mas a depender do tipo de solo e da declividade, o eucalipto é plantado em uma cova, o que chega a ser mais conservador do que plantio direto, no que tange ao volume de solo mobilizado.

Caso tenha mais alguma dúvida, pode escrever aqui!
Forte abraço!

Parabéns a Bracell e aos autores da informação
Será muito útil aos meus alunos da UFRB
Profa. Rozimar

Que maravilha, Professora Rozimar!!

Muito obrigada pelo seu comentário. Ficamos muito felizes em saber que gostou do texto e que ele será útil para os seus alunos.
Volte mais vezes, toda semana publicamos novos conteúdos.

Forte abraço!!

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