Controle tradicional de pragas

As pragas são uma grande preocupação para os produtores rurais, uma vez que são responsáveis por grandes perdas nas produções extensivas das mais diversas culturas. Além de se alimentarem das plantas, algumas pragas são também vetores de doenças. Por isso, seu monitoramento e controle são preocupações recorrentes.

Tradicionalmente, o controle de pragas é realizado com a utilização de produtos químicos, como inseticidas. Entretanto, o uso excessivo ou incorreto de defensivos pode resultar na seleção de pragas resistentes, diminuindo a eficácia desses produtos e comprometendo a proteção das plantas. 

O que é o controle biológico de pragas

O controle biológico é um fenômeno que ocorre na natureza, que compreende a regulação da população de plantas e animais por outros agentes bióticos, gerando equilíbrio no ambiente. 

Entretanto, quando uma única espécie de planta é cultivada em áreas extensas (monocultura) o equilíbrio natural é quebrado, favorecendo o surgimento de insetos que se alimentam dessa planta. 

Esses insetos quando atingem uma população muito alta, causando danos à cultura, são considerados insetos-praga. 

O controle biológico é uma alternativa eficiente e sustentável para o manejo de insetos-pragas, que leva em consideração a biologia da praga, do inimigo natural a ser utilizado e a interação de ambos com o meio ambiente.

Entende-se por controle biológico de pragas aquele que utiliza inimigos naturais, como macrorganismos (a exemplo de insetos benéficos), e microrganismos (como fungos, vírus e bactérias), para fazer o controle de pragas em sistemas produtivos.  

Saiba mais no vídeo abaixo.

Como funciona o controle biológico de pragas

Podemos dividir o controle biológico em três tipos, de acordo com a estratégia adotada. São eles: artificial, clássico e natural.

Controle biológico artificial:

é o mais popular entre os produtores rurais. É realizado através da soltura em grandes quantidades de inimigos  naturais. Para que isso ocorra, após a seleção e desenvolvimento dos inimigos naturais potenciais, os mesmos devem ser criados em larga escala em laboratórios para posteriormente serem liberados nos locais de ocorrência das pragas.

Controle biológico clássico:

cria-se um ecossistema desfavorável para a disseminação de pragas. Costuma ser usado em culturas perenes ou semiperenes. Seus resultados são alcançados a médio e longo prazo, já que os inimigos naturais são liberados em pequenas quantidades.

Controle biológico natural:

é realizado através da preservação e/ou do aumento da população de inimigos naturais já existentes em um determinado ambiente. Pode ocorrer através da preservação de plantas que favoreçam o desenvolvimento desses inimigos.

Benefícios do controle biológico

A utilização do controle biológico para controle de pragas agrega sustentabilidade e traz diversos benefícios, tanto para a saúde da população quanto para a economia e para o meio ambiente. Veja abaixo alguns deles:

• Por utilizar organismos que irão afetar apenas a praga e que não deixam resíduos, o controle biológico confere mais segurança à saúde dos trabalhadores que realizam seu manejo, e também a todos os consumidores finais.
• Com a utilização de controle biológico, não há a possibilidade de seleção de pragas resistentes.
• O manejo com produtos biológicos reduz os gastos com defensivos químicos tradicionais, gerando uma economia para o sistema de produção.
• Sua utilização não ocasiona danos ao solo, à fauna e nem à flora, além de contribuir com o equilíbrio do agroecossistema e reduzir a contaminação ambiental.
• A durabilidade do controle biológico costuma ser maior quando comparado ao controle químico, pois ele se estabelece no ambiente, assim permanecendo por mais tempo.
  

Controle biológico na prática

No Brasil e no mundo, o manejo biológico já está sendo utilizado com sucesso em diversas culturas de grande escala, como, por exemplo, a soja, o milho, o algodão e a cana-de-açúcar. Já existem no mercado soluções biológicas para controle de pragas como cigarrinhas, lagartas e besouros, e doenças como o mofo branco da soja.

Controle biológico para proteção de florestas plantadas de eucalipto

Assim como acontece nas lavouras, o controle biológico também é um aliado na proteção da saúde das florestas plantadas de eucalipto.

Dentre as florestas plantadas para fins comerciais no Brasil, o eucalipto é a espécie que se destaca por ocupar a maior área. Por isso, a Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, dedica-se incansavelmente à busca de soluções que garantam a proteção dessas florestas e a sustentabilidade de suas operações.

Insetos e microrganismos, nativos e exóticos, são ameaças constantes às florestas de eucalipto cultivadas em todo o Brasil. Entre as pragas nativas, podemos destacar formigas-cortadeiras, cupins, besouros e lagartas desfolhadoras. 

O gorgulho-do-eucalipto, introduzido nos eucaliptais brasileiros através da Argentina, é a primeira praga exótica que temos notícia aqui no Brasil. Podemos citar também o Psilídeo de concha, a vespa da galha e o percevejo bronzeado, que foram pragas introduzidas posteriormente.

Foi pensando em combater estas e outras ameaças de forma sustentável que a Bracell possui laboratórios de Proteção Florestal. Neles, são realizadas diversas pesquisas com o objetivo de garantir a saúde do eucalipto durante todo seu ciclo produtivo. Os trabalhos conduzidos podem ser divididos em três grandes linhas: entomologia, fitopatologia e diagnose molecular.

Assista ao vídeo abaixo para conhecer mais sobre o nosso laboratório!

O controle biológico é priorizado pela Bracell e preconiza a utilização de inimigos naturais (como insetos e microrganismos) que atuam na supressão da população dessas pragas.

A Bracell é referência na área de controle biológico, buscando de forma constante através da pesquisa a ampliação do uso dessa técnica em suas áreas. Entre as principais linhas de pesquisas estão a otimização de protocolos de criação de inimigos naturais, conhecimento da dispersão dos inimigos e capacidade de controle e métodos de liberação com drone.

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